terça-feira, 8 de junho de 2010

Sugestões para o professor que tem aluno com Dislexia


Provas e Exames- APPDAE
O uso de provas frequentes ou acumulativas é especialmente útil. Além disso é muito
importante analisar os erros tanto processuais como do resultado. As instruções
deverão ser claras, utilizando poucas directrizes escritas.
- As perguntas ou as tarefas deverão ser variadas no formato, com a finalidade de que
se adquiram os conceitos de forma flexível.
- Para a preparação das provas, a ajuda e orientação do professor são fundamentais,
potencializando o estudo independente.
- Num teste, as linhas deverão ter um espaçamento de 1,5.
- Os textos apresentados, em todas as disciplinas, deverão ser numerados de cinco
em cinco linhas, na margem esquerda e os números deverão estar ligeiramente
afastados do texto.
- As questões deverão fazer referência à linha ou às linhas a reler para encontrar ou
auxiliar a resposta à questão.
- A linguagem dos enunciados deverá ser constituída por frases mais simples e as
questões formuladas deverão ser de estrutura familiar (anteriormente trabalhada nas
aulas e utilizadas nas fichas formativas).
- Sempre que possível, as questões dos testes deverão ser de escolha múltipla,
exercícios de correspondência ou exercícios de preenchimento de lacunas.
- Nas produções textuais, deve limitar-se o número de linhas e/ ou fornecer uma lista
de palavras e/ou expressões de enriquecimento vocabular.
- O número de questões dos testes deverá ser mais reduzido.
- Sempre que o teste ou ficha de avaliação tiver um texto, se possível ampliá-lo.
- O professor deverá supervisionar a compreensão das questões por parte do aluno.




ESTRATÉGIAS DE INTERVENÇÃO EM CONTEXTO DE SALA DE AULA
- Faça saber ao aluno que se interessa por ele e que deseja ajudá-lo. Ele sente-se
inseguro e preocupado com as reacções do professor.
- Será importante para o aluno, a ajuda do professor no desenvolvimento da sua autoestima,
auto-conceito, mediante o êxito que consegue ter em algumas tarefas.
- Estabeleça critérios para o seu trabalho em termos concretos que o aluno possa
entender, sabendo que, realizar um trabalho sem erros pode ficar além das suas
possibilidades. Ajude-o a trabalhar, uma a uma, as áreas em que necessita de
melhorar.
- Envolver o aluno na tarefa de superação das suas dificuldades.
- Dê-lhe atenção individualizada, sempre que possível. Faça-lhe saber que pode fazer
perguntas sobre aquilo que não compreende.
- Demonstrar-lhe interesse, atenção, simpatia, compreensão, são alguns dos aspectos
que ajudarão o aluno com dificuldades de aprendizagem.
- Certifique-se de que compreende as tarefas, porque muitas vezes não
compreenderá. Divida as matérias em partes e comprove, passo a passo, que as
compreendeu.
- O aluno disléxico aprende, mas de uma forma diferente.
- Estar atento aos seus progressos, mesmo que reduzidos e reforçá-los de uma forma
positiva.
- Repetir a informação nova e ajudar a relacioná-la com a experiência anterior. A
informação nova deve repetir-se mais do que uma vez, devido ao seu problema de
distracção, memória a curto prazo e, por vezes, escassa capacidade de atenção.
- Pode requerer mais prática que um aluno normal, para dominar uma nova técnica.
- Necessitará de ajuda para relacionar os conceitos novos com a experiência anterior.
- Dar-lhe mais tempo para organizar os seus pensamentos, desempenhar as suas
tarefas e terminar o seu trabalho. Se não houver controlo de tempo, estará menos
nervoso e em melhores condições para lhe mostrar os seus conhecimentos. Dê-lhe
também tempo extra para copiar do quadro e tomar apontamentos.
- Se tem um problema de leitura, será possível que necessite de alguém que lhe leia
parte do material e de fazer os exames oralmente. Se lê para obter informação, tem
que fazê-lo em livros que estejam ao nível da sua aptidão de leitura. Recorde que tem
uma dificuldade tão real como a de uma pessoa cega, da qual não se espera que
possa obter informação de uma página impressa normalmente. Alguns alunos podem
ler um texto correctamente em voz alta e, mesmo assim, não compreender o
significado do texto.
- Se tem um problema de leitura, trate de graduar as lições por conteúdos. Não espere
que leia o mesmo número de palavras que um aluno sem problemas de qualquer tipo.
No que a isto concerne, evite dar-lhe largas listas de palavras para aprender.
- Tente evitar a correcção de todos os erros no seu trabalho escrito. Pode ser muito
desmotivador para o aluno, ver uma página cheia de palavras corrigidas a caneta
vermelha.
- Considere a possibilidade de avaliar o aluno sem o confrontar com as dificuldades
mecânicas que estão na base da sua má leitura e escrita, e deficiente capacidade
organizativa. Pode-se avaliá-la oralmente ou ditar as respostas para um gravador ou a
um voluntário.
- Tenha em conta que levará mais tempo a realizar as tarefas de casa do que a
maioria dos alunos da turma. Necessita de tempo para desenvolver as suas aptidões e
também para descansar. Talvez seja indicado, que o seu trabalho de casa seja mais
leve, por exemplo, composições mais breves ou sublinhar os pontos principais a
aprender.
- Faça observações positivas sobre os seus trabalhos, assim como comentários que
precisa de melhorar. Elogie-a e conforte-a sempre que seja possível.
- Seja consciente da necessidade de desenvolver a sua auto-estima. Dê-lhe
oportunidades para que faça apresentações na aula.
- Evite compará-la com outros alunos, em termos negativos.
- Evite fazê-la ler em voz alta, em público, contra a sua vontade. É uma boa medida
encontrar alguma coisa em que a criança seja especialmente boa a desenvolver a sua
auto-estima, mediante o estímulo e o êxito.
- Considere a possibilidade de avaliar o aluno no que diz respeito aos seus próprios
esforços e vitórias (recompensas), em vez de o avaliar no que diz respeito a outros
alunos da turma. O sentimento de obter êxito, frequentemente, leva ao êxito. O
fracasso conduz ao fracasso.
- Permita-lhe aprender da maneira que lhe seja possível, usando qualquer instrumento
disponível: tabelas de dados, matrizes, calculadora. São instrumentos que possibilitam
a aprendizagem, de igual modo que os aparelhos para os ouvidos e os óculos.


O ADOLESCENTE DISLÉXICO NA ESCOLA SECUNDÁRIA
É importante estar alerta para a eventualidade de ter um ou mais jovens disléxicos na
sala de aula. Assim, deverá:
- Manter-se informado acerca dos problemas que o adolescente disléxico possa já ter
encontrado nas diferentes áreas do ensino secundário.
- Reconhecer os difíceis problemas de frustração que podem sentir os adolescentes
disléxicos.
- Lembrar-se que o aluno disléxico aprende de maneira diferente.
- Reconhecer que podem existir problemas de auto-estima.
- Reconhecer que podem existir problemas de comportamento e de absentismo.
- Reconhecer que provavelmente existe um desfasamento entre o desempenho e as
reais capacidades do aluno.
- Utilizar diagramas e esquemas durante as aulas.
- Estar ciente de que um aluno disléxico pode não ter sido ainda diagnosticado,
mesmo estando já no secundário.
- Ter consciência de que as estratégias de compensação que um aluno não
diagnosticado (ou até diagnosticado) desenvolveu no ensino básico se podem revelar
pouco adequadas face à maior complexidade e diversidade dos conteúdos que são
leccionados no secundário.
- Zelar para que o material pedagógico especializado esteja adaptado ao grau de
maturidade do aluno, e não tanto ao nível das suas prestações escolares numa
determinada disciplina.
- Dar ao aluno disléxico anotações claras sobre a estrutura das aulas, para que desta
forma lhe seja mais fácil assimilar os conteúdos.
- Ter consciência de que para um disléxico é difícil ler em voz alta, e na aula, um texto
que nunca tenha visto antes – pedir-lhe que o faça pode ser dramático para a sua
auto-estima.


A INTERVENÇÃO E O TRATAMENTO A DAR ÀS NECESSIDADES DO ALUNO
DISLÉXICO

- É importante adaptar o currículo para dar resposta às necessidades do disléxico.
- É necessário proceder a uma selecção dos manuais escolares e de outro material
educativo, adaptando-os quando tal se justifique, nunca esquecendo as características
específicas do disléxico.
- Os métodos pedagógicos devem ser adaptados, e de natureza multissensorial, para
poderem ir ao encontro das necessidades dos alunos em geral e dos disléxicos em
particular.
- A aprendizagem é mais fácil quando se põem em jogo a audição, a visão, o tacto e o
movimento.
- O desenvolvimento e a utilização intensiva da memória a curto prazo (de trabalho) e
dos vários tipos de memória a longo prazo – semântica, episódica e procedimental –
são essenciais para a qualidade da atenção, da memorização, da capacidade de
proceder ao cruzamento de referências e da capacidade de aceder à informação
aprendida.


DEVERÃO SER DESENVOLVIDAS ESTRATÉGIAS QUE FACILITEM A
APRENDIZAGEM NOS SEGUINTES SUB-DOMÍNIOS DE COMPETÊNCIAS:

• Atenção e concentração
• Auto-estima
• Competências interpessoais
• Competências sociais e conhecimento das regras da vida em sociedade.
• Motivação
• Fala e linguagem
• Sequenciação visual e auditiva
• Processamento das sequências visuais e auditivas
• Memória episódica, memória procedimental e memória semântica
• Organização de sequências
• Sentido de direcção e de orientação
• Competências visuo-motoras
• Competências de auto-organização, de interacção e de reflexão.


PRÁTICAS POSITIVAS
• Reconhecer a forma pessoal de pensar de cada aluno
• Ajudar o aluno a ser bem sucedido. Ser construtivo e positivo. O facto de se
sentir valorizado aumenta muito a sua auto-estima
• Encorajar a utilização do computador como forma de ajudar o aluno a
ultrapassar o obstáculo que é para ele a redacção de textos. Não esquecer
contudo, que nem todos os alunos gostam necessariamente de novas
tecnologias
• Estruturar as aulas de maneira a responder às suas necessidade; por exemplo,
dividir o tempo da aula em diferentes actividades.
• Fornecer ao aluno auxiliares educativos que se irão retirando gradualmente à
medida que se torna evidente que ele pode passar sem eles.
• Verificar a legibilidade de todos os textos. Ponderar a utilização de alternativas
como software com voz e cassetes de áudio.

GUIA PRÁTICO (PARA PROFESSORES DE ALUNOS DISLÉXICOS
INTEGRADOS NA TURMA) – (adaptado de “Lado a lado – experiências com a dislexia”, de
Filomena Teles)


EDIFICAR PARA O SUCESSO
Algumas das sugestões aqui apresentadas, parecerão demasiado óbvias para
serem mencionadas e outras demasiadamente difíceis para serem implementadas.
Contudo, lembre-se que o ambiente de aprendizagem pode fazer a diferença entre
o sucesso e o insucesso do aluno disléxico
O aluno disléxico pode ter dificuldades em ouvir, aprender, observar, ficar sentado,
concentrar-se e em encontrar coisas. Quanto mais sossegado e organizado for o
ambiente de trabalho, maior é a possibilidade do aluno disléxico ser bem sucedido.

O QUE FAZER
• Elogia sempre que possível
- Encorage
• Encontre pontos positivos
• Marque menos trabalhos de casa
• Corrija aspectos gramaticais, níveis de conteúdos e não a ortografia –
sublinhe o que está certo em vez do que está errado
• Peça respostas orais quanto possível
• Quando tiver de ler palavras longas, ensine-o a dividi-las em sílabas com
um lápis.
• Ajude-o a pronunciar correctamente as palavras
• Sente-o à frente na sala ou perto de si para o poder ajudar
• Certifique-se que ele percebeu e que se lembra das instruções
• Deixe-o trabalhar com o livro aberto
• Escreva as palavras importantes no quadro
• Dê o tempo necessário para copiar do quadro – escrever no quadro cada
linha com cores diferentes poderá ajudá-lo.
• Mande para casa, por ele, um livro de exercícios, com trabalhos de casa
escritos nele, e uma nota das coisas importantes para trazer no dia
seguinte.


O QUE NÃO SE DEVE FAZER
• Pedir a um disléxico para ler em público se ele mostrar relutância
• Corrigir todos os erros dos trabalhos escritos
• Dar listas de palavras para aprender a escrever; duas ou três são o
máximo que ele poderá fazer, e será tanto melhor se rimarem
• Fazê-lo escrever o trabalho de novo
• Pedir-lhe que mude a sua caligrafia
LEMBRE-SE QUE…
Um aluno disléxico:
• Cansa-se mais rapidamente do que um aluno “normal”, porque precisa
de maior concentração.
• Pode ler uma passagem correctamente e não perceber o sentido.
• Pode ter dificuldades com os números e algarismos (por exemplo saber
ou aprender a tabuada), a ler música ou alguma coisa que envolva
interpretação de símbolos.
• Normalmente tem dificuldades em aprender uma segunda língua.
• É inconsciente no seu desempenho.
• Pode omitir uma palavra, ou escrevê-la duas vezes.
• Não pode tirar bons apontamentos porque não pode ouvir e escrever ao
mesmo tempo.
• Talvez tenha dificuldades em encontrar o sítio onde tinha interrompido a
sua leitura, no livro que estava a ler ou o sítio no quadro onde havia
parado, quando estava a copiar.
• Lê devagar por causa das suas dificuldades, assim está sempre sob
pressão.
• Poderá provavelmente ser pessoalmente desorganizado, poderá ser
distraído ou esquecido, independentemente do que se esforce.
• Parece apresentar dificuldades em seguir uma sequência de instruções.

Professor:
Aqui vai algumas sugestões para facilitar a vida escolar de seu
disléxico.
e aproveite a sugestão para aplicar com alunos que teem dificuldade de aprendizagem.
Conhece aquela frase que diz assim: me de um ponto que moverei o mundo??


Aceite projetos e relatórios escritos com modificações, desenhos, fotografias, resumos orais, etc., em vez de solicitar trabalhos escritos.
Permita que uma outra pessoa escreva ou digite o material para o estudante.




Solicite a elaboração de ilustrações criativas, como alternativa para alguns relatórios escritos, com apresentação oral e colagens para representar certos temas e modelos.

Solicite apresentação oral de material não impresso, como vídeos, filmes, documentários, ou programas veiculados pela internet.

Providencie folhas de exercícios formulados dentro do nível de instrução linguística apropriado a capacidade de domínio do aluno.(marcar X)



"Nada pode ser mais injusto do que tratar de maneira igual aqueles que são desiguais"




segunda-feira, 7 de junho de 2010

lixo emocional


Pior que o lixo material é o lixo emocional, e podemos acabar com ele!!

Aproveite este momento que é o "seu momento" e faça um inventário moral, pense nas coisas e pessoas que não te fazem bem e elimene-as de sua mente. Aproveite também pra mudar alguns conceitos que para o século 21 já estão mais que ultrapassados.

Sugestão de leitura para que as mudanças aconteçam com qualidade:

Vivendo Amando e Aprendendo - Léo Buscaglia.

Mulheres que correm com os Lobos - Clarissa Pinkola